Embora nascida no Rio de Janeiro, no belo bairro da Gávea e sem jamais ter passado fome, blindada das crises e mazelas da sociedade, isso não impediu-me de obter o dom da observância e da voz incessante em prol da busca pela dignidade humana. Em especial, dentre tudo, o que mais me aflige desde a minha infância tem sido a confluência entre a riqueza de uma nação versus a pobreza exarcebada que acomete nossas famílias. A exemplo, em 1990 tínhamos quase 55 milhões de pessoas que viviam com meio salário mínimo (32% da população, 14 milhões de indigentes, sem renda suficiente para uma alimentação digna, correspondente a 9% da população). Há, sem dúvidas, a percepção acompanhada de uma igual decepção, de que nosso sistema político não cumpre seu papel de efetivamente em aplicar o “bem estar” necessário para as pessoas, bem como a sustentabilidade do planeta, a educação, entre outros mais. Daí minhas considerações quanto à democracia deixando, como eu acredito de ser exercida com a excelência de gestão, fazendo uma administração para poucos e não para muitos como determina seu protocolo.
“A inteligência social, a meu ver, traz à prática, a melhor equação para o centro de todas as questões, colocando como prioridade o engajamento dos indivíduos na criação de uma sociedade mais inteligente e evoluída”.
Inteligência Social: a perspectiva de um mundo sem fome(s)
Autora: QUINTÃO, Luciana C.
Editora: DEOC
ISBN: 978-85-67070-39-1
Ano: 2019
Dimensões: 16x23 cm