Wagner Guedes atua como professor, também é jornalista, editor-chefe e membro do Conselho Editorial da Dialógica Editora, foi presidente do INPEM (Instituto Nacional de Pesquisas Monográficas). Em sua carreira profissional trabalhou como consultor de jornalismo na Secretaria de Comunicação de SBC- SECOM e como assessor de comunicação na Câmara de Vereadores, também na cidade de São Bernardo do Campo – foi o jornalista-mediador da OAB-SP em 2021, intitulado “Debate Inter-religioso na perspectiva pós pandêmica”.
Escreveu matérias diversas para o Jornal Página Urbana, crônicas para o Diário de Mato Grosso, fez matéria de capa para a revista política República, publicou diversos artigos acadêmicos no campo da Filosofia, Literatura e Teologia para a Revista de Teologia da PUC-SP, também contribuiu com um artigo para a UNICAMP-SP. É autor dos livros: “Ensaios filosóficos em busca do sentido humano”, “Ensaios filosóficos, sociedade, ciência e metafísica”, “Cioran, o último dos metafísicos” e até então, seu último livro, “Um filósofo num país de fanfarrões, uma antologia”. Adquiriu seu registro de jornalista (MTB 0090355/SSP), por mérito aos serviços prestados, inclusive ao lecionar a disciplina de “Reportagens e Entrevistas”. É licenciado em Letras pela UNIMARCO-SP. Em sua carreira acadêmica, passou pelo programa de Doutorado em Filosofia da Linguagem da UNISINOS-RS, Mestrado em filosofia Ética e Política da PUC-RS, Faculdade do Mosteiro de São Bento–SP e USJT-SP, pós graduou-se na UNIMARCO, em Literaturas brasileiras, portuguesas, Infanto-Juvenis e Linguística Aplicada; na UFABC fez o curso de Filosofia da História da Ciência e Tecnologia, Educação para o Ensino Superior na FMU-SP, Biblioteconomia – FEB-MG, Pedagogia pela IPEMIG, História–FAVENI-MG e Literatura Norte-americana na Penn State University-EUA.
RESENHA
Todos os dias, a cada pouco mais de meia hora, uma pessoa comete suicídio no Brasil, são 38 por dia, 14.000 em um ano. Números estarrecedores, os quais, se analisados pelos seus diversos pormenores, podem indignar-nos ainda mais. A exemplo da pesquisa publicada Violência autoprovocada na infância e na adolescência, da Fiocruz, a qual mostra que, entre 2006 e 2017, foram identificados 58 óbitos de crianças brasileiras decorrentes dessa causa. Se contados os casos de suicídio infantil registrados nos últimos 25 anos pelo Ministério da Saúde, o número chega a 3,2 mil.
Outro fator extremamente preocupante tem sido a alta taxa de suicídio entre jovens, cujo crescimento alcançou 6% ao ano, entre 2011 e 2022. Já as taxas de notificações por autolesões na faixa etária de 10 a 24 aumentaram 29% a cada ano nesse mesmo período. O número foi maior que na população em geral, cuja taxa de suicídio teve crescimento médio de 3,7% ao ano e a de autolesão 21% ao ano, segundo um estudo recém-publicado na The Lancet Regional Health – Américas, desenvolvido pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com pesquisadores de Harvard.
A obra Suicídio, sobre aquilo que não gostamos de falar, vem exatamente buscar um diálogo franco com a sociedade sobre esse mal que persiste na contemporaneidade, uma vez que pressupomos que a informação possa ser um forte aliado frente a este estado pandêmico, o qual por inúmeras vezes está sob nossos olhares, no entanto, não empregamos a percepção necessária. Para tanto, tentamos buscar informações relevantes que ultrapassam nossas fronteiras, seja geopolítica, seja cultural – embasando um DNA sobre a questão, com os cuidados necessários que requerem o assunto, tratando-o como caso de saúde pública.